Manaus

Seguranças retiram 30 pessoas da praia da Ponta Negra, interditada pela seca histórica em Manaus

Praia do balneário está interditada para o banho desde o dia 2 de outubro.

Cerca de 30 pessoas foram retiradas da água, na Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus, no feriadão. A praia do balneário está interditada para o banho, por causa da seca, que nesta segunda-feira (16) atingiu a marca histórica na capital

O banho na Ponta Negra, esta proibido desde o dia 2 de outubro quando o Rio Negro ficou abaixo da linha dos 16 metros. A interdição do banho é temporária e deve durar 90 dias.

Praia da Ponta Negra interditada devido à seca em Manaus — Foto: Divulgação/Semcom

Praia da Ponta Negra interditada devido à seca em Manaus — Foto: Divulgação/Semcom

A praia da Ponta Negra é interditada com base em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Assinado em 2013, o documento prevê medidas de segurança para o local, e a interdição do banho no balneário quando o nível do Rio Negro atingir 16 metros.

Além disso, em setembro, um laudo, assinado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), responsável pelos levantamentos hidrológicos no Amazonas, recomendou o fechamento temporário da praia. Segundo o documento, o aumento brusco de profundidade coloca em risco a vida de banhistas.

Conforme a prefeitura, a interdição da praia para o banho busca prevenir contra afogamentos e outros acidentes. “Ocorre devido à proximidade entre o fim do aterro perene e o leito natural do rio, que pode apresentar alterações no terreno, como buracos, desníveis e depressões”, destacou o município.

Vazante do Rio Negro na Praia da Ponta Negra, em Manaus, deixa o banho perigoso  — Foto: Divulgação/Núcleo de Comunicação SGB

Vazante do Rio Negro na Praia da Ponta Negra, em Manaus, deixa o banho perigoso — Foto: Divulgação/Núcleo de Comunicação SGB

Para impedir a entrada de banhistas na água, no dia 9 deste mês, o local também recebeu um cerquite que delimita a área de interdição para banhistas. A sinalização tem 1,20 metro de altura e 1.500 metros de extensão. “Essa limitação física é para impedir a passagem”, afirmou a prefeitura.

Mesmo com interdição e com a cerca na areia, alguns banhistas insistem em entrar na água.

De acordo com a prefeitura, desde o feriado de quinta-feira (12) até domingo, (15), cerca de 30 pessoas foram retiradas da água pela comissão do complexo turístico. A retirada dos banhistas foi feita com apoio da Guarda Municipal.

“Temos 30 placas informativas, em destaque vermelho, espalhadas pela praia sobre a proibição de uso da praia para o banho, em diversos pontos da faixa de areia e nos acessos. E ainda tem a cerca, mas, infelizmente, tem pessoas que insistem em não atender e se colocar em risco, inclusive com crianças. Pedimos, novamente, o apoio da população para respeitar a interdição até que a cheia do rio se normalize”, disse o coordenador da comissão, Alberto Maciel.

Ponta Negra de Manaus é o principal balneário da capital — Foto: Ivo Brasil/Amazonastur

Ponta Negra de Manaus é o principal balneário da capital — Foto: Ivo Brasil/Amazonastur

Praia da Ponta Negra de Manaus

Com acesso gratuito, a Ponta Negra de Manaus é o principal balneário da cidade. A praia pública atrai dezenas de pessoas ao local todos os dias. Nesses períodos de calor intenso, a praia costuma ficar lotada de banhistas.

De acordo com o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), órgão responsável pela gestão da Ponta Negra, durante o verão amazônico, a praia recebe de 3,5 mil a 4 mil pessoas, aos fins de semana.

Neste período de interdição da praia, apenas o banho está proibido no local. Os frequentadores do espaço turístico podem circular pela faixa de areia e pelo calçadão. A recomendação da prefeitura é que as pessoas evitem atividades ao ar livre, por conta da fumaça de queimadas que tem invadido a cidade.

Seca histórica

Conhecido pelas águas escuras e extensão de quase 1.700 km, o Rio Negro alcançou a marca de 13,59 metros e a seca de 2023 já é a pior da história em Manaus.

No dia 24 de outubro de 2010 o rio chegou a descer para 13,63 metros. Na época, foi considerada a seca mais severa desde que as medições hidrológicas foram instaladas no Rio Negro, em 1902.

Fonte: G1

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