Mulher de Flávio Bolsonaro e filhas de Queiroz também são denunciadas pelo MP no esquema das rachadinhas
A mulher do senador Flávio Bolsonaro, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, e a família de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio também fazem parte da lista de denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por participação no esquema das rachadinhas na Assembleia Legislativa.
O primeiro núcleo de denunciados, ligado diretamente a Queiroz, também é formado por vizinhos e amigos indicados por ele como Agostinho Moraes da Silva, Jorge Luis de Souza, Sheila Coelha de Vasconcellos, Marcia Cristina Nascimento dos Santos, Wellington Sérvulo Romano da Silva, Flávia Regina Thompson Silva e Luiza Sousa Paes.
Esses ex-assessores citados depositaram ao longo de 11 anos R$ 2,06 milhões na conta bancária de Queiroz (69% do valor em dinheiro vivo). Além disso, sacaram R$ 2,9 milhões em espécie ao longo desse período.
No segundo grupo, constam Danielle Nóbrega e Raimunda Veras Magalhães, ex-mulher e mãe de Adriano Nóbrega, ex-capitão do Bope e líder do Escritório do Crime, milícia de Rio das Pedras, morto em fevereiro. Elas repassaram juntas para Queiroz um total de R$ 200 mil. Já as pizzarias de Raimunda ainda repassaram outros R$ 200 mil para Queiroz.
Ao todo o MP do Rio denunciou 17 pessoas. Abaixo, a lista dos denunciados:
Flávio Bolsonaro (senador)
Fabrício Queiroz (ex-assessor de Flávio)
Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro (mulher de Flávio)
Miguel Ângelo Braga Grillo (chefe de gabinete de Flávio)
Márcia Oliveira de Aguiar (mulher de Queiroz)
Nathalia Melo de Queiroz (filha de Queiroz)
Evelyn Melo de Queiroz (filha de Queiroz)
Agostinho Moraes da Silva (amigo)
Jorge Luis de Souza
Sheila Coelha de Vasconcellos
Marcia Cristina Nascimento dos Santos
Wellington Sérvulo Romano da Silva
Flávia Regina Thompson Silva
Luiza Sousa Paes (filha de amigo)
Danielle Nóbrega (ex-mulher de Adriano Nóbrega)
Raimunda Veras Magalhães (mãe de Adriano Nóbrega)
Glenn Dillard (corretor de imóveis)
A denúncia foi protocolada no dia 19 de outubro pelo Ministério Público no Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio, mas a informação só foi tornada pública na madrugada desta quarta-feira.
O senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República, é apontado como líder da organização criminosa, e Queiroz, como o operador do esquema de corrupção que funcionava no gabinete do senador. Ambos foram acusados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.