Polícia

Marido espanca gravida até causar aborto e sogra enterra bebê no quintal

Uma mulher grávida ainda não identificada acabou sendo vítima de um aborto espontâneo após ter sido brutalmente espancada pelo próprio marido durante uma discussão entre o casal. Na tentativa de evitar que o crime fosse descoberto, após o aborto, a mãe do agressor decidiu enterrar o bebê no quintal da própria residência. O crime aconteceu durante a madrugada desta segunda-feira (19) na rua Curiós, comunidade Fazendinha, zona Norte da cidade, mas a denúncia só foi registrada ao amanhecer do dia.

Após enterrar o neto no quintal, foi a própria mãe do agressor – a sogra da grávida – quem decidiu por um fim na história macabra e acabou denunciando o crime para a polícia. De acordo com a 13ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), a mulher relatou que o pai do bebê entrou em uma intensa discussão com a esposa e que o resultado da briga foi uma agressão física que causou o aborto da criança que estava no 7º mês de gestação.

Após o espancamento sofrido, a grávida acabou perdendo o bebê ainda durante a madrugada e para tentar minimizar as consequências do delito, a sogra colocou o bebê já morto dentro de uma caixa de sapatos e enterrou no quintal da própria casa onde o casal morava. Horas após o enterro a mulher se arrependeu e decidiu então chamar a polícia.

Ao chegar no local, as autoridades priorizaram o atendimento à mulher que havia sido agredida e que, até o momento da chegada dos policiais, continuava sem nenhum tipo de atendimento clínico, moral ou psicológico. Em estado de choque, a mãe do bebê foi encaminhada em gravíssimo estado de saúde ao Serviço de Pronto Atendimento (SPA) do bairro Galileia, na zona Norte de Manaus. Ainda de acordo com as autoridades, apesar do trauma, a vítima da agressão e do aborto não corre mais risco de morte.

A polícia destacou ainda que se surpreendeu ao ter informações sobre o paraeiro do agressor. “Para a nossa surpresa quando perguntamos aonde estava o pai da criança, a mãe dele nos respondeu que ele estava trabalhando normalmente. Como pode um pai causar o aborto do próprio filho após espancar a esposa e depois ir trabalhar segunda-feira de manhã como se nada tivesse acontecido?”, indagou um dos policiais militares que atendia a ocorrência ainda no local.

A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) chegou até a cena do crime acompanhada dos peritos do Instituto Médico Legal (IML). A cova onde o bebê foi enterrado foi encontrada e logo o desenterro foi realizado chocando dezenas de vizinhos e curiosos que acompanhavam de perto as cenas do que mais parecia ser um filme de terror. Até o fechamento desta matéria a DEHS não divulgou os nomes dos envolvidos no caso, mas informou que o agressor e sua mãe devem ser indiciados pelos crimes de ocultação de cadáver e agressão doméstica contra a mulher com agravante de a vítima estar em gestação

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