Influenciador digital de BH é preso com outras duas pessoas por suspeita de exploração sexual de adolescentes
Três suspeitos foram presos, na manhã desta quarta-feira (18), suspeitos de comandar uma associação criminosa que explora e abusa sexualmente de adolescentes.
De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, as vítimas têm entre 13 e 17 anos.
As prisões foram feitas em Belo Horizonte. Os suspeitos são dois homens, de 45 e 48 anos, e uma mulher, de 20. Um deles é conhecido por ser influenciador digital na capital mineira. Outro homem cujo a identidade não foi divulgada ainda não foi encontrado pela polícia.
Segundo a delegada Renata Ribeiro, responsável pelo caso, as investigações começaram em maio deste ano, depois que uma mãe procurou a delegacia alegando que fotos da filha nua, de 13 anos, foi publicada e compartilhada nas redes sociais. A mulher desconfiou de que a adolescente estava sendo aliciada a práticas sexuais com homens mais velhos.
“Depois disso, conseguimos identificar uma associação de pessoas que aliciam estas adolescentes para práticas sexuais. São pessoas que se intitulam como digital influencers, blogueiros, que têm um certo reconhecimento na cidade e que usam isso para poder atrair estas meninas”, explicou a delegada.
Renata ainda contou que um dos suspeitos realizava festas na casa dele, mesmo durante a pandemia, e convidava as meninas para esses eventos.
“Ele tinha relações sexuais com as meninas, depois de dar drogas para elas, bebidas alcoólicas, etc. O suspeito oferecia até viagens para as vítimas e as oferecia para os amigos dele que tinham maior poder aquisitivo”.
Ao todo, dez vítimas foram identificadas pela Polícia Civil. Uma delas engravidou aos 13 anos de idade, durante uma festa na casa de um dos suspeitos.
Ainda segundo a delegada, uma mulher de 20 anos está entre os presos. Ela é “ex-vítima” desta associação e “passou para o outro lado da moeda. Hoje alicia outras meninas e indicava as vítimas para se prostituirem com homens casados”.
As adolescentes contaram para a delegada que entraram em um site e que lá havia instruções de como proceder para ganhar dinheiro e mimos, como viagens.
“As meninas, geralmente, são de baixo poder aquisitivo e ficam deslumbradas quando vão até as festas, ganham dinheiro e viagens, mas estão sendo exploradas sexualmente”, disse a delegada.