Exploração de petróleo pode ser fonte de recursos para combater desmatamento na Amazônia
A declaração foi feita pelo secretário de Meio Ambiente do Pará, Mauro de Almeida.
Recursos provenientes da exploração de petróleo podem ser usados para combater o desmatamento na Amazônia, de acordo com o secretário de Meio Ambiente do Pará, Mauro de Almeida. Durante uma audiência na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, Almeida defendeu os projetos de exploração, afirmando que eles contam com o apoio dos secretários estaduais do setor na Amazônia Legal.
O secretário destacou a necessidade de recursos para combater o desmatamento no estado, mencionando a falta de recursos para manter helicópteros em base fixa no Pará. Segundo ele, a maioria das emissões de gases do efeito estufa do estado é proveniente do desmatamento. Almeida ressaltou que os recursos internacionais destinados à preservação não estão sendo suficientes devido a limitações de avaliação da União e outras burocracias, tornando-se ainda mais importante uma nova fonte de recursos, como a exploração de petróleo e gás.
Em relação à transição energética, Almeida reconheceu que ela não será concluída nos próximos 20 anos e que existe um problema de coordenação mundial e organização nessa transição. Ele enfatizou a importância estratégica da abertura de novas fontes de exploração de petróleo e gás no Brasil, destacando que as reservas atuais devem se esgotar em até 13 anos, o que poderia levar o país a voltar a ser um importador de petróleo.
Durante a reunião, Carlos Agenor Cabral, coordenador-geral de Programas do Ministério de Minas e Energia, fez um apelo pela abertura de novas fontes de exploração de petróleo e gás, destacando a segurança da exploração na região e seu potencial para gerar arrecadação de pelo menos R$ 1 trilhão e dezenas de milhares de empregos. Ele afirmou que o licenciamento ambiental será rigoroso e que qualquer concessão de licença estará em conformidade com os requisitos do Ibama e da ANP.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou que técnicos do órgão estão avaliando o pedido de reconsideração apresentado pela Petrobras em relação ao veto de licenciamento ambiental para a perfuração de um poço na Margem Equatorial. Agostinho deixou claro, no entanto, que o Ibama não tomará decisões precipitadas e que a concessão da licença dependerá do cumprimento dos requisitos ambientais. Ele reforçou o compromisso do órgão com a viabilidade ambiental dos projetos e destacou que qualquer projeto que não atenda a esses requisitos receberá uma resposta negativa do órgão.
Fonte: Am Post