Delegado, policiais e investigadores são presos suspeitos de praticar “arrocho” no AM
No domingo, o delegado Ericson de Souza Tavares, titular do 6° DIP (Distrito Integrado de Polícia, os investigadores Eliezio Alencar de Castro, Anderson de Almeida Maia, Alessandro Edwards da Cruz e os policiais militares, o sargento Alexandro Conceição dos Santos, os cabos Elson Nascimento de Souza, Ueslei Rodrigues da Silva, Kemer Cruz Pimentel, Edvaldo Ewerton Pinto de Souza e o ex-policial militar Germano da Luz Júnior, foram presos suspeitos de realizar a prática do “arrocho”, ou seja, apreender drogas de criminosas e vende-las para outros criminosos.
De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), todos foram presos suspeitos de extorsão, mediante sequestro, associação criminosa, ameaça e outros crimes.
O delegado da PC-AM, Bruno Fraga, disse que eles abordavam as pessoas envolvidas com o crime visando pegar as drogas e só então eles vendiam para outros criminosos. Além disso, o comandante geral da PMAM, Klinger Araújo, relatou que já haviam denúncias de que servidores de segurança estavam realizando esse crime.
Os servidores foram presos após um casal de Manacapuru ser sequestrado. Os familiares foram até a delegacia do município para buscar mais informações e lá os familiares relataram aos policiais que o grupo que abordou e levou o casal se apresentou como policiais.
Foi então que um patrulhamento começou e um veículo foi identificado. Quando acordado, estavam no carro o delegado Ericson e três investigadores. Eles informaram que estavam no local realizando uma operação. Quando os policiais que efetuaram a abordagem verificaram, não havia nenhuma operação marcada para o município. E os suspeitos estavam com armas de numeração raspada e carros com identificação adulteradas.
Sendo assim, Ericson e os demais foram encaminhados para a delegacia. O delegado negou qualquer envolvimento com o crime.
“Eles estão presos preventivamente e responderão por extorsão, por adulteração de veículo automotor, porte ilegal de arma de fogo. Foram apreendidos alguns armamentos da corporação e outros de fora, veículos com sinais de adulteração, capas de coletes, placas balísticas, balaclavas, carregadores e munições. As investigações vão continuar e além delas, medidas administrativas também serão tomadas pela Corregedoria”, disse delegado Bruno.
Em Novo Airão, PMs foram presos por estarem em atitude suspeita.
Uma nota emitida as polícias informaram que os policiais civis e militares já estavam sendo investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Amazonas; promotoria de Manacapuru e pelas corporações por suspeita de crime de extorsão.