Manaus

Após reunião com trabalhadores da educação, Governo do AM aumenta proposta de reajuste para 15%

Recusando outras duas propostas de reajuste do Governo do Amazonas, os trabalhadores da educação, que pedem 25% de aumento salarial, prometeram analisar a nova proposta

Com 12 dias de greves dos trabalhadores da educação, o governo estadual apresentou uma nova proposta de aumento salarial de 15,19%, em um reunião com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado (Sinteam), na quarta-feira (31). Esta é a terceira proposta que o estado apresenta aos trabalhadores da educação.

O Sinteam informou que deve realizar uma assembleia com os profissionais para debater sobre o assunto e definir uma resposta.

Segundo o sindicato, a proposta de 15,19% é que o reajuste seja feito em partes, sendo 8% pagos de forma imediata, 3% em outubro e 4,19% em maio de 2024. Os trabalhadores da educação pedem 25% de aumento salarial.

Além disso, de acordo com o sindicato, aconteceria a devolução das faltas em 10 dias, condicionado o encerramento do processo que classifica a greve como irregular.

Ainda na reunião, o Sinteam pediu progressões por tempo de serviço e títulos e construção imediata de comissão para revisão, com garantia da participação dos representantes dos trabalhadores.

Segundo a Justiça do Amazonas, a paralisação é irregular e por isso, bloqueou as contas do Sinteam e de todas as representações do sindicato no interior, além de autorizar o desconto das faltas dos trabalhadores em greve.

O sindicato informou que vai recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça e pediu doação de cesta básica para os trabalhadores que tiveram os maiores descontos.

A primeira proposta do Governo do Amazonas saiu em 21 de maio, quando o estado ofereceu 8% de reajuste salarial. No entanto, os trabalhadores da educação se reuniram em assembleia e recusaram a proposta.

A segunda proposta, aconteceu em 29 de maio, quando o governo ofereceu 14% de aumento salarial, 16% menor do que o pedido pela categoria. A categoria se reuniu e recusou a proposta.

Os trabalhadores da rede pública estadual estão em greve desde o dia 17 de maio. A paralisação é liderada pelo Sinteam. Na segunda (29), um grupo protestou em frente à sede do Governo do Estado, em Manaus.

De acordo com a entidade, a data-base 2023 dos trabalhadores venceu no dia 1º de março. A instituição afirma, ainda, que a data-base de 2022 também está atrasada.

Integram o movimento grevista merendeiros, servidores administrativos, vigias, profissionais de serviços gerais, professores e pedagogos.

Os profissionais reivindicam 25% de reajuste salarial. O Sinteam também pede reajuste nos valores do vale-alimentação e auxílio-localidade; revisão do Plano de Cargos Carreira e Remuneração; e manutenção do plano de saúde e extensão para os aposentados.

Desde o início da greve, os representantes do sindicato e do Governo do Amazonas se reuniram três vezes. Sem acordo com o Estado, que ofereceu 8% de reajuste e depois 14%, os profissionais da educação decidiram manter a paralisação.

Fonte: G1 AM

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