Abate de bovinos, suínos e frangos cresce no 3º trimestre de 2022
O abate de bovinos teve aumento de 6,3%, o de suínos cresceu 2,4% e o de frangos subiu 3,1% no terceiro trimestre de 2022, na comparação com os três meses anteriores. Os dados, apresentados nesta quarta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), correspondem a altas de, respectivamente, 11,9%, 5% e 0,9% ante o mesmo período de 2021.
Em relação aos suínos, o abate de 14,45 milhões de cabeças representa o melhor resultado de toda série histórica das Estatísticas da Produção Pecuária, iniciada em 1997. “Com menos carne bovina no mercado interno, devido às exportações em alta e aos níveis de abate ainda abaixo daqueles observados entre 2017 e 2019, o consumidor acaba buscando as proteínas substitutas”, explica Bernardo Viscardi, supervisor da pesquisa.
Foram abatidas 7,85 milhões de cabeças de bovinos entre julho e setembro. No intervalo, agosto foi o mês de maior atividade, com 2,69 milhões de cabeças, enquanto setembro apresentou a menor atividade do trimestre, com 2,56 milhões de cabeças abatidas.
“A variação positiva de 32,3% ante setembro do ano passado deve-se, em grande parte, ao embargo chinês à carne bovina brasileira vigente entre setembro e dezembro de 2021 por conta de dois casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina”, afirma Viscardi.
Leite
A aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob inspeção sanitária municipal, estadual ou federal foi de 6,1 bilhões de litros, uma redução de 1,7% em relação ao terceiro trimestre de 2021, e aumento de 11,1% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.
Os curtumes que efetuam curtimento de, pelo menos, cinco mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano declararam ter recebido 7,99 milhões de peças de couro. Esse total representa um aumento de 6,7% em relação ao adquirido no terceiro trimestre de 2021 e aumento de 6,6% frente ao segundo trimestre de 2022.
Ovos
Já a produção de ovos de galinha atingiu novo recorde, chegando a 1,02 bilhão de dúzias. A marca, 0,5% maior que a produção do mesmo trimestre de 2021, supera em 857 mil dúzias o recorde anterior da pesquisa, do terceiro trimestre de 2020.
Assim como nos dois anos anteriores, o pico da produção trimestral ocorreu em agosto, quando foram produzidas 346,07 mil dúzias — o maior patamar já registrado para esse mês na série.
A quantidade estimada nesse trimestre também representou um crescimento de 1,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior e foi a quinta vez que a produção de ovos de galinha no Brasil superou 1 bilhão de dúzias. Diferentemente dos outros números, série histórica referente aos ovos foi iniciada em 1987.
Fonte: D24am